Dez factos sobre a Mesopotâmia que precisa de saber

Artigo

Joshua J. Mark
por , traduzido por Cláudia Barros
publicado em 10 Setembro 2020
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Disponível noutras línguas: Inglês, Árabe, francês, grego, espanhol

O termo grego 'Mesopotâmia' (“a terra entre os dois rios”, nomeadamente o Tigre e o Eufrates), define o território que corresponde hoje ao atual Iraque e a partes do Irão, Síria e Turquia. Vem sendo considerada como o “berço da civilização”, dadas as inúmeras invenções que aqui vêm surgindo desde 10.000 AEC até ao século VII EC. No Neolítico Pré-Cerâmico, começa-se a notar uma gradual passagem do paradigma do caçador-recolector para o paradigma agrícola, originando comunidades que, no decorrer do Neolítico Antigo (c. 7000 AEC), se vão tornando sedentárias e que acabaram ser a base para o desenvolvimento dos núcleos urbanos da Idade do Cobre (5900-3200 AEC). Esta última era inclui o Período Obeid (c. 5000-4100 AEC), durante o qual se testemunhou a ascensão dos primeiros templos (monumentos escalonados conhecidos como zigurates encimados por um santuário), o desenvolvimento da arte da cerâmica e o fabrico de ferramentas em cobre.

Great Ziggurat of Ur
Grande Zigurate de Ur
Hardnfast (CC BY-SA)

Depois do Período Obeid e inícios da Idade do Bronze (3000-2119 AEC), chega o Período Uruk (4100-2900 AEC), onde as cidades, o comércio, o governo e o conceito de propriedade privada se desenvolvem. A região nunca foi uma entidade política coesa, mesmo quando se encontrava sob o jugo dos primeiros impérios que ali surgiram, de modo que, juntamente com e a pluralidade étnica da própria população, surgiram particulares inovações no que diz respeito à agricultura, ao mercantilismo, à teoria política, à guerra, e ainda ao fabrico do pão e de cerveja, e de amuletos de boa sorte.

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Aspetos da vida quotidiana, como paradigmas teológicos e sistemas políticos, desenvolveram-se primeiramente na Mesopotâmia. A população apenas se tornou homogeneizada, depois do século VII EC, aquando das conquistas árabes que mandataram novos costumes e crenças religiosas. Abaixo encontram-se os dez mais importantes aspetos sobre a região, alguns esquecidos, outros mal compreendidos.

O Crescente Fértil

A região do Crescente Fértil configura um quarto crescente, que deu origem à antiga Mesopotâmia, a qual atualmente coincide com o sul do Iraque, a Síria, o Líbano, a Jordânia, Israel e o Norte do Egito. O Crescente Fértil é habitualmente conhecido como o “berço da civilização”, dadas as variáveis culturais e tecnológicas que nos deixou, onde podemos contar:

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  • Técnicas agrícolas
  • Domesticação de animais
  • Astrologia e desenvolvimento do zodíaco
  • Conceito de 'Tempo'
  • Ciência e tecnologia
  • A roda
  • Escrita e Literatura
  • Religião
  • Matemática e Astronomia
  • Comércio de longa distância
  • Práticas médicas (incluindo Medicina Dentária).

A expressão “Crescente Fértil” é frequentemente considerada como tendo nascido na Antiguidade, no entanto surge em 1916 com o egiptólogo James Henry Breasted, que a refere no seu livro Ancient Times: A History of the Early World. A popularidade da obra foi tanta, que encorajou a um uso generalizado do termo, que acabou por ser adotado e passou a designar a região.

Inventando a escrita, a roda e as primeiras cidades

“A INVENÇÃO E O SURGIMENTO DA 'CIDADE' ESTÁ ENTRE AS INOVAÇÕES MESOPOTÂMICAS MAIS EXTRAORDINÁRIAS, TÃO COMUM NOS DIAS DE HOJE, MAS QUE NUNCA EXISTIRA ANTES.

A escrita desenvolveu-se de modo independente em distintas partes do Mundo, desde a China à Mesoamérica, porém é, antes de 3000 AEC, na Mesopotâmia que surgem os primeiros registos de um sistema de escrita, o cuneiforme. É ainda na Mesopotâmia que surge a roda (c. 3500 AEC), contrariamente às teorias que defendem que foi inventada na Ásia Central. A roda mais antiga do Mundo, data de 3200 AEC (conhecida como 'Ljubljana Marshes Wheel'), e foi descoberta na Eslovénia em 2002, dando força às alegações de que foram as populações da Ásia Central quem inventara a roda. Contudo, sabe-se que a roda mesopotâmica surgiu primeiro, como evidenciado em representações iconográficas da região bem anteriores a 3200 AEC.

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O surgimento da cidade está entre as inovações mesopotâmicas mais extraordinárias, na medida em que tal conceito, tão óbvio e tão conhecido para nós, nunca existira nem se materializara antes, desta forma. As cidades desenvolveram-se durante o Período Uruk, quando pequenas comunidades agrícolas começam a prosperar, atraindo populações das regiões vizinhas. As cidades mesopotâmicas forneciam proteção contra predadores naturais e invasores, ao mesmo tempo que se apresentavam como uma janela de oportunidades para um novo modo de vida. Contudo, a densidade populacional destas urbes acabou por esgotar os recursos à sua volta. Grande parte das cidades mesopotâmicas que, inicialmente, foram vistas pelos arqueólogos como tendo sido destruídas devido a conflitos militares, foram na realidade abandonadas dada a insuficiência de recursos.

A primeira guerra registada

Um dos recursos mais importantes da Mesopotâmia era, obviamente, a água, que simultaneamente fora a causa da primeira guerra registada da História. Por volta de 2700 AEC, o rei sumério Enmebaragesi da cidade de Kish comandou as suas tropas numa campanha militar contra a região de Elam (atual Irão), derrotando o seu exército e trazendo os despojos consigo. É tudo o que se sabe sobre o conflito, contudo é possível que a disputa tenha surgido num contexto de luta pelos direitos da água e respetivo acesso, sendo o evento um exemplo notório da maneira como as cidades-Estado da Suméria se uniam em prol de um interesse comum. Tal como as cidades-Estado gregas, as urbes sumérias lutavam frequentemente entre si, todavia quando a necessidade assim o ditava, ajudavam-se mutuamente.

Cylinder Seal from Kish
Selo cilíndrico de Kish
Osama Shukir Muhammed Amin (Copyright)

Inventaram a cerveja

O uso da água para a irrigação dos campos era uma das prioridades para a sobrevivência dos habitantes da Mesopotâmia, que igualmente a utilizavam na produção de cerveja. Esta era considerada como a “bebida dos deuses” e o seu fabrico presidido pela deusa Ninkasi (divindade que atualmente dá o nome à empresa Ninkasi Brewing Company Eugene, Oregon, EUA), quem assegurava a sua pureza. A cerveja era a bebida mais popular da região, ao mesmo tempo que continha uma grande quantidade de nutrientes essenciais, sendo considerada como um alimento e servindo de pagamento aos trabalhadores (como mais tarde irá suceder no Antigo Egito). O académico Jeremy Black comenta:

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A cerveja sempre foi um alimento básico na Mesopotâmia, desde os tempos pré-históricos, pois o seu processo de fermentação era bastante eficaz no combate de bactérias e doenças transmitidas pela água. O seu fabrico era registado e controlado pelos escribas, desde o quarto milénio a.C. A cerveja era consumida por todos os estratos da sociedade, e oferecida aos deuses e aos mortos em rituais de libação. (297)

A verdadeira receita da cerveja suméria encontra-se no Hino de Ninkasi, que se acredita que era cantado pelos trabalhadores durante todo o processo de fabrico.

O refúgio dos primeiros dos primeiros

Existem muitos “primeiros” associados à Antiga Mesopotâmia, em especial à Suméria, dos quais o investigador Samuel Noah Kramer fez uma lista de trinta e nove deles, na sua influente obra History Begins at Sumer. Os trinta e nove “primeiros” abaixo são apenas os únicos que Kramer escolheu abordar, apesar de existirem muitos mais:

  • As primeiras escolas
  • O primeiro caso de bajulação
  • O primeiro caso de delinquência juvenil
  • A primeira 'Guerra Psicológica'
  • O primeiro caso de Bicameralismo
  • O primeiro historiador
  • O primeiro caso de redução de impostos
  • O primeiro 'Moisés'
  • A primeira súmula legal
  • Os primeiros registos de farmacopeia
  • O primeiro almanaque agrícola
  • As primeiras experiências de jardinagem
  • A primeira cosmogonia e cosmologia
  • Os primeiros conceitos de 'moral'
  • O primeiro 'trabalho'
  • Os primeiros provérbios
  • As primeiras fábulas de animais
  • Os primeiros debates literários
  • As primeiras analogias biblícas
  • O primeiro 'Noé'
  • O primeiro conto de ressurreição
  • O primeiro 'S. Jorge'
  • O primeiro “empréstimo literário”
  • O primeiro ato heroico
  • A primeira canção de amor
  • O primeiro catálogo de biblioteca
  • A primeira Era de Ouro
  • A primeira sociedade decadente
  • Os primeiros lamentos litúrgicos
  • Os primeiros messias
  • O primeiro campeão de corridas de longa distância
  • O primeiro uso de figuras de retórica na literatura
  • Os primeiros registos de simbolismo sexual
  • A primeira Mater Dolorosa
  • A primeira canção para adormecer
  • O primeiro retrato literário
  • As primeiras Elegias
  • A primeira vitória laboral
  • O primeiro aquário.

Nesta lista não surge, mas convém ainda referir a primeira trela e coleira de cão, bem representadas na iconografia mesopotâmica. As primeiras coleiras de cão parecem ter sido mais do que simples cordas ou faixas de couro colocadas à volta do pescoço do animal, pois vão manifestando uma pertinente evolução com o desenvolver da civilização. Apesar do conceito de 'coleira' se ter desenvolvido primeiramente na Mesopotâmia, a coleira de cão, enquanto objeto artístico, surge bastante representada na cultura egípcia durante o Império Novo (c. 1570-1069 AEC), em que estas surgem gravadas com o nome do cão e respetivo proprietário.

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Man & Dog Plaque, Sippar
Placa para homem e cachorro, Sippar
Osama Shukir Muhammed Amin (Copyright)

O primeiro império

Outro grande aspeto que surge na Mesopotâmia é o primeiro grande império da História, o Império Acádio (2334- c.2083 AEC), fundado por Sargão I (governa entre 2333-2279 AEC). A localização precisa da Acádia é ainda hoje desconhecida, contudo de acordo com as inscrições de Sargão, o seu império estendia-se do Golfo Pérsico ao atual Kuwait, Iraque, Jordânia, Síria, passando pelo Levante e descendo pela Ásia Menor, incluindo ainda o Chipre. Sargão I manteve o império intacto colocando os companheiros de maior confiança – tanto homens, como mulheres – nas mais altas posições de poder, por toda a região. Estes oficiais são referidos como “Cidadãos da Acádia” nos textos babilónicos e atuavam como governadores, sumo-sacerdotes, sacerdotisas e administradores em mais de 65 cidades diferentes. Fazia parte deste séquito a sua filha Enheduanna (vive de 2285-2250 AEC), sacerdotisa de Inanna na cidade de Ur. Mesmo tendo Sargão o cuidado de manter um controlo rígido, sem oprimir o seu povo, alguns motins e rebeliões estalaram durante o seu reinado. O império manteve a coesão graças aos esforços continuados do neto de Sargão, Naram-Sin (governa entre 2261-2224 AEC); no entanto este entra em declínio com Shar-Kali-Sharri (governa entre 2223-2198 AEC), e finalmente cai com os Gútios, por volta de 2083 AEC.

Akkadian Ruler
Governante Acadiano
Sumerophile (Public Domain)

O primeiro autor conhecido

Enheduanna não foi apenas a alta-sacerdotisa que ajudou o pai a manter o império de pé, concomitantemente foi a primeira poeta e autora conhecida da História. É conhecida pelos seus três hinos à deusa Inanna: A Generosa Senhora (The Great-Hearted Mistress), Exaltações a Inanna (The Exaltation of Inanna) e A Deusa de Temíveis Poderes (Goddess of the Fearsome Powers), além de ter também escrito cerca de 42 poemas referindo a sua opinião e sentimentos pessoais relativos a vários assuntos. O académico Stephen Bertman comenta:

Os hinos fornecem-nos os nomes das principais divindades que os mesopotâmicos adoravam e dão-nos informações acerca da localização dos respetivos templos, porém são as orações que nos falam sobre a Humanidade, pois é nelas que encontramos as esperanças e medos dos mortais. (172)

Os seus poemas e orações eram muito populares, influenciando os hinos, canções e salmos posteriores, em especial os do Antigo Testamento. No Cântico dos Cânticos da Bíblia, encontram-se muitas influências de versos e obras de Enheduanna, que ainda hoje são muito estimados.

O aparecimento da Literatura

Os mesopotâmicos não só influenciaram o desenvolvimento de textos litúrgicos, como também contribuíram para o florescer da literatura. A Epopeia de Gilgamesh (escrita entre 2150-1400 AEC), narra a história do semi-mítico rei de Uruk, Gilgamesh, e a sua procura pelo sentido da vida, face à morte inevitável. O poema foi inicialmente difundido de modo oral, até ser escrito num suporte físico. Antes da descoberta das obras de Enheduanna, acreditava-se que o primeiro autor do Mundo era o escriba babilónico Shin-Leqi-Unninni (que exerceu entre 1300-1000 AEC), o qual redigiu a versão babilónica das peripécias de Gilgamesh. A Epopeia de Gilgamesh, um conto ficcional baseado num rei, é hoje em dia associada ao estilo de Literatura Naru, assim designado pelos estudiosos modernos, surge pela primeira vez por volta do segundo milénio AEC. Estas histórias destacam um personagem famoso (normalmente um rei) num enredo fictício, em que o tema é, geralmente, o relacionamento do protagonista com os deuses, apesar de poder conter qualquer outro tipo de assunto. Os dois melhores exemplos de Literatura Naru, além da Epopeia de Gilgamesh, são A Lenda de Sargão – que relata o nascimento do rei Sargão I e a sua ascensão até ao poder –, e A Maldição de Agade – que refere Naram-Sin. Estas histórias eram muito admiradas por toda a Mesopotâmia e viriam a influenciar autores de gerações futuras, muito possivelmente os escribas que redigiram as narrativas bíblicas da vida de Jesus Cristo, dando origem aos Evangelhos do Novo Testamento.

Flood Tablet of the Epic of Gilgamesh
Tábua do Dilúvio da Epopeia de Gilgamesh
Osama Shukir Muhammed Amin (Copyright)

Mitos que se tornaram narrativas bíblicas

Se a Literatura Naru influenciou diretamente os Evangelhos ainda é um dado um pouco questionável – embora o estilo das composições seja semelhante, dada a menção de um personagem central bastante conhecido, que lidou com situações que podem ou não ter realmente acontecido –, porém há algumas certezas em como os mitos mesopotâmicos certamente inspiraram os relatos bíblicos da Queda do Homem e do Grande Dilúvio, e do Livro de Jó. Tais histórias foram em parte adaptadas de obras mesopotâmicas, como O Mito de Adapa, O Génesis de Eridu, e o Ludlul-Bel-Nimeqi, o qual trata o lamento de um homem bondoso que vive rodeado de infortúnios e que se questiona a respeito da justiça divina. Antes do século XIX, quando as instituições europeias e americanas financiaram as primeiras expedições à Mesopotâmia para encontrarem evidências que corroborassem as narrativas bíblicas, a Bíblia era considerada como o livro mais antigo do Mundo, o qual continha textos totalmente originais; no entanto, essas obras foram estudadas e entendidas como tendo sido, na realidade, adaptações de mitos mesopotâmicos.

Os primeiros códigos legais

Embora o código legal do rei babilónico Hammurabi (governa entre 1792-1750 AEC) seja tão famoso, não é o primeiro código do Mundo, nem da Mesopotâmia. O Código de Urukagina do século XXVI AEC, foi considerado o código legal mais antigo, seguido pelo Código de Ur-Nammu (governa entre 2047-2030 AEC), fundador da III Dinastia de Ur na Suméria (2047-1750 AEC). No entanto, é possível que o Código de Ur-Nammu tenha sido escrito pelo seu filho e sucessor Shulgi de Ur (governa entre 2029-1982 AEC). Se tal facto se comprovar, Shulgi talvez se tenha baseado no exemplar escrito pelo pai ou o tenha redigido de acordo com os seus preceitos. O investigador Paul Kriwaczek comenta:

Não sendo um verdadeiro código legal, continua a estar longe de ser abrangente; alguns peritos dizem que não surgiu com Ur-Nammu, mas sim com o seu filho Shulgi, e embora existam poucos fragmentos, são suficientes para mostrar que as leis se debruçavam sobre questões tanto civis, como criminais. Entre as disposições criminais, este especifica quais eram considerados crimes capitais: o assassinato, o roubo, o deflorar da esposa virgem de outro homem, e o adultério quando cometido por uma mulher. Para outras situações a pena era apenas uma multa paga em prata, que em contraste com as leis de Hammurabi, redigidas cerca de três séculos depois, nos surgem algumas punições bárbaras e a famosa expressão “olho por olho, dente por dente. (148-149)

O Código de Ur-Nammu viria a influenciar o Código de Hammurabi, tornando claras as punições por ofensas e legitimando-se como tendo sido emitido por uma fonte divina. O Código de Hammurabi era mais severo, facto justificável na multiplicidade de etnias com as quais o monarca teve de lidar, dado que não compartilhavam as mesmas visões teológicas sobre os deuses e a aplicação da justiça.

Law Code of King Ur-Nammu
Código Legal do Rei Ur-Nammu
Osama Shukir Muhammed Amin (Copyright)

Conclusão

Os pontos acima referidos são apenas algumas das contribuições mais significativas da Mesopotâmia para a cultura mundial. A região foi ainda pioneira na cartografia, desenvolvendo mapas entre 2360-2180 AEC. Os seus eruditos influenciaram a filosofia grega, onde surge o filósofo pré-socrático Tales de Mileto (585 AEC) que estudou na Babilónia e que afirmava que a água era o primeiro princípio da existência, com base nos conhecimentos que lá obteve. Os conceitos de urbanismo e planeamento urbano também se desenvolvem na Mesopotâmia, em que, por exemplo, um distrito comercial apresentava ruas concebidas de maneira a facilitar as deslocações, contrariamente aos distritos residenciais. O Império Assírio (c. 1307-612 AEC) foi o maior do Mundo e foi o seu conceito de 'Deus' que viria a influenciar, mais tarde, as visões monoteístas.

A Mesopotâmia continuou como um polo inovador até, por volta, do século VII AEC, quando é invadida pelos árabes, que impõem os seus costumes e religião. Como na antiga Pérsia, os sistemas de crenças e tradições indígenas foram, numa primeira fase, proibidos apesar de mais tarde terem sido assimilados pela cultura dos conquistadores. Para aqueles que conhecem bem a história da Mesopotâmia, a região merece um egrégio louvar, enquanto berço das maiores conquistas culturais da humanidade.

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Sobre o tradutor

Cláudia Barros
Licenciada em Arqueologia, em 2018, pela Universidade do Minho (Braga, Portugal). Atualmente, encontra-se a terminar a tese de Mestrado em Arqueologia, sobre Ksar Sghir (Norte de Marrocos), na mesma instituição (2018 - até ao presente). Principais interesses: Arqueologia, Arqueologia da Paisagem, Arqueologia Egípcia, Egiptologia, Arqueologia do Próximo Oriente, Arqueologia do Norte de Marrocos.

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Escritor freelance e ex-professor de filosofia em tempo parcial no Marist College, em Nova York, Joshua J. Mark viveu na Grécia e na Alemanha e viajou pelo Egito. Ele ensinou história, redação, literatura e filosofia em nível universitário.

Citar este trabalho

Estilo APA

Mark, J. J. (2020, Setembro 10). Dez factos sobre a Mesopotâmia que precisa de saber [Ten Ancient Mesopotamia Facts You Need to Know]. (C. Barros, Tradutor). World History Encyclopedia. Obtido de https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-1600/dez-factos-sobre-a-mesopotamia-que-precisa-de-sabe/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "Dez factos sobre a Mesopotâmia que precisa de saber." Traduzido por Cláudia Barros. World History Encyclopedia. Última modificação Setembro 10, 2020. https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-1600/dez-factos-sobre-a-mesopotamia-que-precisa-de-sabe/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "Dez factos sobre a Mesopotâmia que precisa de saber." Traduzido por Cláudia Barros. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 10 Set 2020. Web. 20 Abr 2024.